
Segundo Gilmara Tomadoce, o exercício físico é um ponto importante para o tratamento de diversos transtornos psicológicos, incluindo a depressão. A depressão, uma das condições mentais mais comuns na sociedade atual, pode ser debilitante e impactar significativamente a qualidade de vida de quem a enfrenta. No entanto, a prática regular de atividades físicas pode ser uma poderosa aliada no combate à depressão, melhorando não apenas o estado físico, mas também o emocional e psicológico.
Como o exercício físico atua no cérebro?
Quando praticamos exercícios físicos, o corpo libera neurotransmissores como as endorfinas e a serotonina, substâncias químicas essenciais para o bem-estar. A fisioterapeuta Gilmara Tomadoce explica que essas substâncias são conhecidas por seus efeitos antidepressivos, pois promovem sensações de prazer e alívio do estresse. Além disso, o exercício ajuda a regular o sistema nervoso, diminuindo os níveis de cortisol, um hormônio relacionado ao estresse, e promovendo um estado de equilíbrio emocional.
Além dos benefícios imediatos, a prática regular de exercícios também contribui para a plasticidade cerebral. Isso significa que, ao se exercitar, o cérebro se torna mais eficiente em criar novas conexões neuronais, o que pode ajudar na recuperação de aspectos emocionais afetados pela depressão. Esse processo contínuo de “reconstrução” do cérebro pode ser um fator importante para quem busca superar a depressão.
O exercício físico pode substituir o tratamento tradicional da depressão?
Embora o exercício físico seja altamente benéfico para o tratamento da depressão, a especialista ressalta que ele não deve ser visto como um substituto para tratamentos tradicionais, como a psicoterapia ou o uso de medicamentos antidepressivos. No entanto, a prática regular de atividades físicas pode ser um complemento poderoso, oferecendo uma abordagem holística e natural para o tratamento. Quando combinada com outros métodos terapêuticos, o exercício pode potencializar os resultados e acelerar a recuperação.

Gilmara Tomadoce
De acordo com Dra. Gilmara Tomadoce, a integração do exercício na rotina de tratamento ajuda a melhorar a adesão ao tratamento, pois as pessoas se sentem mais motivadas e com maior disposição para enfrentar os desafios diários. O exercício também melhora a autoestima e a confiança, o que pode ser fundamental para quem está lidando com a depressão e se sente, muitas vezes, incapaz de realizar tarefas simples.
Quais tipos de exercício são mais eficazes para combater a depressão?
Embora qualquer tipo de exercício tenha benefícios para a saúde mental, a fisioterapeuta sugere que atividades aeróbicas, como caminhar, correr ou nadar, sejam especialmente eficazes no combate à depressão. Esses exercícios aumentam significativamente os níveis de endorfinas e serotonina no cérebro, proporcionando um alívio imediato dos sintomas depressivos. Além disso, atividades que envolvem o corpo de forma dinâmica e constante ajudam a reduzir a tensão muscular e melhorar a qualidade do sono, aspectos frequentemente afetados pela depressão.
Conforme Gilmara Tomadoce explica, a prática de exercícios de força, como musculação, também pode ser útil, pois ajuda a melhorar a autoconfiança e promove a sensação de realização pessoal. O importante é encontrar uma atividade que seja prazerosa e adequada às condições físicas de cada pessoa, pois isso garante a continuidade da prática e, consequentemente, a eficácia no combate à depressão.
A prática regular de exercícios físicos tem um papel fundamental no tratamento da depressão, conforme destaca Gilmara Tomadoce. Embora o exercício não substitua os tratamentos tradicionais, ele pode complementar de forma significativa o processo de recuperação, trazendo equilíbrio e bem-estar. Incorporar a atividade física na rotina é uma estratégia eficaz para melhorar a saúde mental e promover uma vida mais saudável e equilibrada.
Autor: Alexey Orlov