
No mercado de fundos de investimento, a atuação de cada agente é determinante para o bom desempenho da estrutura como um todo. Já na segunda linha desta análise, Rodrigo Balassiano, especialista em governança e fundos estruturados, reforça que a eficiência de um custodiante de fundos não pode ser subestimada. Esse agente exerce papel estratégico no controle, na liquidação e na proteção dos ativos, sendo responsável por garantir a integridade operacional e o cumprimento das obrigações contratuais e regulatórias. Por isso, avaliar sua performance vai além de mensurar velocidade ou cumprimento de prazos, exige uma análise multifatorial.

Rodrigo Balassiano explica como indicadores operacionais e regulatórios revelam a performance de um custodiante de fundos.
A função do custodiante é, essencialmente, manter os ativos do fundo sob guarda, garantir que as transações estejam em conformidade com o regulamento e atuar como elo entre os demais prestadores de serviço. Mas essa descrição técnica, por si só, não revela os critérios necessários para avaliar sua real eficiência. Para que sua atuação agregue valor ao fundo, o custodiante precisa operar com precisão, transparência, capacidade tecnológica e visão integrada da operação. Um erro na conciliação de ativos, por exemplo, pode gerar prejuízos significativos ao fundo e comprometer sua imagem junto aos cotistas.
Eficiência de um custodiante de fundos: critérios para avaliação
A eficiência de um custodiante de fundos começa pela sua capacidade de manter sistemas confiáveis e bem integrados aos demais agentes da operação. Um custodiante eficiente não apenas processa dados, mas os transforma em informações seguras, rastreáveis e disponíveis em tempo real. Segundo Rodrigo Balassiano, essa capacidade é essencial em estruturas com múltiplos fluxos financeiros, como os FIDCs, que dependem de controles rigorosos e atualizações constantes da carteira de ativos. A existência de painéis automatizados, conciliações diárias e relatórios gerenciais consistentes é indicativo de maturidade operacional.
@rodrigobalassiano1 Rodrigo Balassiano Ensina: ICVM 175 e o Futuro dos Fundos Estruturados Rodrigo Balassiano desvenda como a Resolução CVM 175 moderniza fundos estruturados, trazendo segurança com responsabilidade limitada dos cotistas e transparência nas taxas. Com exemplos práticos, Rodrigo Balassiano mostra como investidores podem se beneficiar de FIDCs e FIIs em um mercado mais competitivo e regulamentado. #RodrigoBalassiano #QueméRodrigoBalassiano #OqueaconteceucomRodrigoBalassiano
Outro fator determinante é o tempo de resposta diante de eventos não previstos, como inadimplência em massa, falhas nos repasses ou inconsistências entre o gestor e o administrador. Custodiantes eficientes contam com planos de contingência claros, equipes bem treinadas e canais de comunicação diretos com os demais agentes. Essa agilidade operacional faz diferença tanto na resolução de problemas quanto na prevenção de riscos. A atuação passiva ou reativa do custodiante, por outro lado, pode comprometer todo o ciclo de operação do fundo, gerando atrasos e insegurança jurídica.
A independência funcional também é um elemento crítico na avaliação da eficiência. Mesmo quando pertencente ao mesmo grupo econômico de outro prestador de serviço, o custodiante deve operar com autonomia técnica, assegurando que as validações e fiscalizações sejam feitas com rigor. Rodrigo Balassiano ressalta que fundos com estrutura de governança robusta exigem do custodiante postura ativa e questionadora, especialmente no monitoramento da conformidade das operações com o regulamento. A atuação apenas formal, sem validações críticas, pode ser confortável, mas reduz drasticamente o valor agregado do serviço prestado.
Além disso, o atendimento regulatório é um termômetro confiável da qualidade do trabalho do custodiante. A capacidade de responder à CVM, fornecer informações completas no prazo e manter os registros sempre atualizados impacta diretamente a credibilidade do fundo. Fundos que enfrentam questionamentos ou autuações por falhas na custódia geralmente estão ligados a estruturas com baixo nível de exigência interna ou supervisão frágil. A confiança dos investidores está diretamente ligada à reputação do custodiante, o que torna sua escolha uma decisão estratégica para qualquer fundo.
Considerações finais
Medir a eficiência de um custodiante de fundos exige olhar atento à tecnologia empregada, à cultura de governança e à postura diante de situações críticas. Custodiantes que combinam estrutura técnica sólida com autonomia funcional e compromisso regulatório contribuem decisivamente para o desempenho do fundo e a confiança do mercado. Conforme observa Rodrigo Balassiano, a excelência na custódia é invisível quando tudo vai bem, mas se torna crucial quando surgem pressões, auditorias ou situações-limite. Por isso, mais do que cumprir funções, um custodiante eficiente protege o patrimônio do cotista e reforça a reputação de toda a estrutura do fundo.
Autor: Alexey Orlov